Saúde e bem-estar no ambiente urbano em mudança (2011)

Introdução Mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas e a população urbana está aumentando cerca de 2% ao ano. Espera-se que mais de dois bilhões de pessoas sejam adicionadas às populações urbanas nas próximas três décadas e uma proporção significativa delas estará vivendo em assentamentos informais ou em favelas. A urbanização apresenta […]

Introdução

Mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas e a população urbana está aumentando cerca de 2% ao ano. Espera-se que mais de dois bilhões de pessoas sejam adicionadas às populações urbanas nas próximas três décadas e uma proporção significativa delas estará vivendo em assentamentos informais ou em favelas. A urbanização apresenta oportunidades e riscos, bem como enormes desafios para manter e melhorar a saúde e o bem-estar humanos. A análise de sistemas, que é explicitamente projetada para lidar com a complexidade, e que se baseia em insights e contribuições de diversas disciplinas científicas, é uma abordagem com potencial único para abordar essas questões.

As áreas urbanas são ambientes extremamente complexos nos quais um grande número de fatores ambientais, sociais, culturais e econômicos têm impacto na saúde e bem-estar de indivíduos e populações. A governança urbana e as estruturas de tomada de decisão associadas à gestão desses diversos fatores são geralmente compostas por elementos variáveis ​​em diferentes contextos regionais e locais; refletem diferentes graus de coordenação e coerência. Uma melhor utilização do conhecimento científico existente e ainda a ser desenvolvido pode certamente ter um impacto positivo na saúde e no bem-estar urbano. O desafio para a comunidade científica é gerar e comunicar esse conhecimento de uma maneira que possa informar de maneira útil as escolhas de políticas baseadas nas realidades do ambiente urbano.

Este programa científico internacional, aprovado pela 30ª Assembléia Geral do ICSU em Roma e descrito no plano, propõe uma nova estrutura conceitual para considerar a natureza multifatorial tanto dos determinantes quanto das manifestações de saúde e bem-estar nas populações urbanas. São apresentados critérios gerais para o desenvolvimento de projetos de pesquisa dentro deste quadro e exemplos ilustrativos de projetos potenciais descritos. Os projetos previstos para o plano científico serão multidisciplinares e colaborativos, utilizarão metodologia de modelagem de análise de sistemas usando dados viáveis, abordarão simultaneamente vários aspectos da saúde urbana e serão projetados para gerar compreensão e produtos úteis para os formuladores de políticas.

Além de estimular projetos de pesquisa específicos, o novo programa se concentrará em: desenvolver novas metodologias e identificar necessidades de dados e lacunas de conhecimento; construção e fortalecimento da capacidade científica; e facilitar a comunicação e divulgação. Isto está previsto como uma iniciativa de 10 anos, para permitir tempo suficiente para as comunidades de pesquisa e políticas que estão preocupadas com a saúde e o bem-estar urbano adotarem abordagens de análise de sistemas.

Cópias impressas deste relatório estão disponíveis na Secretaria do ICSU.


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