O novo relatório “Abrindo o registro da ciência: fazendo a publicação acadêmica funcionar para a ciência na era digital” propõe sete princípios-chave para a publicação científica para guiá-lo adiante.
Explore os resumos nos seguintes idiomas:
Princípio I: Acesso aberto universal
O registro da ciência publicada é uma fonte vital de idéias, observações, evidências e dados que fornecem combustível e inspiração para futuras investigações e é uma parte profunda do edifício do conhecimento humano.
Esse registro, incluindo os catálogos anteriores de editoras, deve ser considerado um bem público global, aberta e perenemente livre para leitura por cidadãos, pesquisadores e todas as partes interessadas da sociedade.
Princípio II: Licenciamento aberto
O progresso da ciência depende da capacidade de acessar e interrogar evidências e conclusões de trabalhos anteriores. As licenças abertas ajudam a promover a responsabilidade e a rastreabilidade, permitem que os autores continuem a obter benefícios de seu trabalho e maximizam a extensão em que o trabalho pode ser desenvolvido por outros. Ainda assim, ao enviar para periódicos, os autores podem ser solicitados a transferir os direitos autorais para os editores.
À medida que as novas tecnologias aumentam a capacidade de interrogar todo o registro da ciência para descobrir novos conhecimentos, os caminhos para acessar os recursos que poderiam facilitar essa descoberta devem ser abertos a todos, sem restrições de licenciamento ou capacidade de pagamento.
Princípio III: Revisão por pares rigorosa e contínua
O crescimento no número de publicações e a diversificação de seus formatos e a necessidade de revisão rápida em tempos de crise aumentaram as demandas dos revisores, que não recebem recompensa tangível por seu trabalho.
É importante que repensemos os processos de revisão por pares, que são partes essenciais do processo de curadoria ao submeter o trabalho acadêmico, a pesquisa ou as ideias de um autor ao escrutínio de especialistas independentes no mesmo campo.
Princípio IV: Metadados de apoio
Os dados e observações apoiados pelos metadados devem estar disponíveis para escrutínio quando um conceito para o qual eles fornecem evidências é publicado. Esses processos são vitais para permitir que outros testem a lógica e tentem replicar o experimento ou observação.
Este princípio é essencial para a manutenção do processo de autocorreção científica. A adesão a ele contribuiria muito para resolver a epidemia de não reprodutibilidade que tem caracterizado a última década.
Princípio V: Acesso pelas gerações futuras
O registro da ciência é parte essencial do patrimônio da humanidade e deve ser mantido de forma a garantir o acesso das gerações futuras. Como a maioria das bibliotecas não mantém mais grandes coleções físicas, mas gerencia o acesso a muitos recursos online, existe o perigo de que o acesso a esses recursos digitais seja perdido.
Existe um forte argumento para uma rede coordenada de bibliotecas digitais dedicadas à preservação do registo científico, sem cláusula de caducidade, e regida pela comunidade científica e suas instituições e não por entidades comerciais.
Princípio VI: Respeitando as várias tradições de publicação
Embora esteja claro que não existe um tamanho único para todos, é importante que todos concordem que contribuir para o bem público global é um propósito compartilhado e que os processos de publicação devem evitar a criação de silos entre as disciplinas.
Seria impraticável insistir em padrões comuns para publicação em todas as disciplinas da ciência, mas é importante que os periódicos sejam explícitos sobre seus padrões e que os sigam.
Princípio VII: Aproveitando as oportunidades
A revolução digital criou novas oportunidades para aprimorar a descoberta e a disseminação de novos conhecimentos de maneiras mais eficazes e eficientes, além de novos desafios que precisam ser superados.
O sistema de publicação científica deve ser capaz de se adaptar continuamente e explorar novas oportunidades que satisfaçam os princípios aqui expostos e evitar novas ameaças à sua integridade, em vez de ser inflexível e indiferente.
Leia todos os sete princípios com mais detalhes em Capítulo 2: “Princípios para publicação científica” ou acesse a publicação completa abaixo.