Revelando os benefícios para a saúde das florestas e árvores

Por ocasião do Dia da Desertificação e da Seca, vamos refletir sobre as intrincadas conexões entre florestas, saúde e bem-estar humanos e os crescentes desafios impostos pela desertificação e pela seca.

Revelando os benefícios para a saúde das florestas e árvores

As florestas desempenham um papel crucial na prevenção e mitigação da desertificação e da seca por meio de sua capacidade de regular a disponibilidade de água, conservar o solo, regular os microclimas e apoiar a biodiversidade. Preservar e restaurar os ecossistemas florestais é essencial, pois não só ajuda a manter o equilíbrio ecológico, mas também é extremamente benéfico para a saúde humana.

O relatório "Florestas e Árvores para a Saúde Humana: Percursos, Impactos, Desafios e Opções de Resposta” publicado recentemente pelo Programa Ciência-Política da União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO), destaca o papel crítico das florestas e árvores na realização da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, particularmente o Objetivo 3 (ODS 3) – garantir vidas saudáveis ​​e promover o bem-estar para todos.

A avaliação conclui que as evidências existentes apóiam fortemente uma ampla gama de benefícios de saúde física, mental, social e espiritual associados a florestas e espaços verdes. Eles têm efeitos positivos, por exemplo, no neurodesenvolvimento em crianças, no diabetes, câncer, depressão, distúrbios relacionados ao estresse, envelhecimento cognitivo e longevidade, e são cruciais para melhorar as interações sociais, recreação e relaxamento. Embora todas as fases da vida sejam afetadas, os benefícios para as crianças são particularmente significativos, começando já na fase pré-natal.

Florestas, árvores e espaços verdes também fornecem inúmeros bens e serviços de saúde, com plantas medicinais fornecendo cuidados de saúde primários para 70% da população mundial.

A avaliação também conclui que as relações perturbadas entre as florestas e as pessoas, incluindo a má conservação e gestão florestal ou espécies de árvores específicas em áreas povoadas, podem ter um impacto adverso.

Estima-se que a mudança no uso da terra, por exemplo, tenha causado o surgimento de mais de 30% das novas doenças desde 1960. Esses dados destacam o quão crucial é melhorar a compreensão do papel da natureza no fornecimento de benefícios para os seres humanos e, consequentemente, , o papel que a destruição contínua da natureza está desempenhando no aumento dos riscos à saúde.

Além disso, crises globais como mudanças climáticas, mudanças no uso da terra e perda de biodiversidade colocam em risco o importante papel que as florestas e as árvores desempenham para a saúde humana, pois estão entre as causas de incêndios florestais, fortes tempestades e calor intenso.

Encontre o relatório e o resumo da política em:
https://www.iufro.org/science/gfep/gfep-initiative/panel-on-forests-and-human-health

Baixe a ficha técnica: gfep-Forest-Health-Factsheet.pdf (iufro.org)


Newsletter

Mantenha-se atualizado com nossos boletins

Inscreva-se no ISC Monthly para receber as principais atualizações do ISC e da comunidade científica em geral e confira nossos boletins de nicho mais especializados sobre Ciência Aberta, Ciência na ONU e muito mais.


Imagem por Geran de Klerk on Unsplash.

VER TODOS OS ITENS RELACIONADOS

Ir para o conteúdo